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Daniela Alegria: a artista, a mulher de causas e a velejadora

Artes

Nasceu em Aveiro, bem junto à ria que tanto ama, mas foi em Ílhavo que passou grande parte da sua infância e também a juventude. Terá sido ainda em tenra idade que se sentiu atraída pela arte. Gostava de folhear livros, de descobrir o trabalho artístico que se ia produzindo por esse mundo fora. Já em idade adulta, prestes a entrar nos “quarenta”, deu largas à sua veia artística. Frequentou cursos, continuou a ler e, melhor que tudo, começou a pintar. Aos 46 anos, Daniela Alegria vive de e para as artes.

“Desde miúda que ficava fascinada com as imagens dos quadros dos grandes pintores e sempre tive grande interesse em ir a museus, visitar exposições, mas sempre como ocupação nos tempos livres”, recorda, em conversa com a Aveiro Mag.

O grande despertar aconteceu quando Daniela Alegria teve a oportunidade de participar num workshop de artes plásticas. Começou por sentir apreensão mas não tardou a render-se às evidências: a pintura fazia parte dela. “Uma tela em branco é algo que nos assusta”, lembra, a propósito do primeiro impacto. “O orientador sugeriu-me começar a pintar livremente, sem preocupações, e a verdade é que aquilo me começou a dar um grande prazer”, acrescenta.

A aventura desse primeiro workshop acabaria por levar Daniela Alegria a querer ir mais longe, investindo ainda mais na sua formação. Fez um curso na Cooperativa Árvore, no Porto, orientada por “esse grande mestre, o Carlos Reis”, determinante para o seu percurso enquanto artista. Entre os vários trabalhos que teve a oportunidade de fazer durante o curso, Daniela Alegria destaca um em particular: uma pintura de Santa Joana Princesa, a padroeira de Aveiro, que acabou por entregar ao museu da cidade.

Obra em depósito no Museu Santa Joana de Aveiro, "Joana, emergindo das águas da ria"

Terminada aquela primeira formação, Daniela Alegria nunca mais parou. Investiu noutros cursos e a pintura passou a preencher os seus dias, a par com a família – marido e filha – e a vela. É uma apaixonada pela ria, pelo mar, pela navegação em geral. Sempre que lhe agradaram os barcos e a liberdade de velejar, mas foi numa viagem a bordo do Navio de Treino de Mar “Creoula” que se perdeu de amores pelo mar. “A minha família sempre teve barco e passávamos muito tempo na ria, mas foi numa experiência de mar no ‘Creoula’ que fiquei completamente apaixonada”, enquadra. Viria a repetir a dose, mais tarde, no “Santa Maria Manuela”, irmão gémeo do “Creoula”. “Adorei tanto que comecei a chatear o meu marido e comprámos um veleiro. Dá-nos um prazer enorme sair para navegar na ria”, confessa.

Várias exposições no currículo

Apesar da sua curta carreira enquanto pintora, Daniela Alegria conta já com várias exposições no currículo. Participou em mais de 40 exposições coletivas em Aveiro, Figueira da Foz, Góis, Caldas da Rainha, Anadia, Oliveira de Azeméis, Coimbra, entre outras localidades, e também expôs individualmente em Reguengos de Monsaraz e em Aveiro. E se não fosse este novo confinamento, estaria certamente a apresentar algumas obras suas na Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, em Águeda.

Por trás da artista plástica está também uma mulher de causas. Daniela Alegria está ligada ao Rotary Club de Aveiro e sente necessidade de deixar o seu contributo para um mundo melhor. Ambiciona criar um projeto artístico que envolva crianças e adultos autistas, inspirada na experiência brasileira que resultou no Museu de Imagens do Inconsciente. “Ainda temos um grande caminho a percorrer nesse sentido, dar a oportunidade a uma criança ou um adulto autista de se expressar”, sustenta.

Por ora, resta esperar que a pandemia passe, possibilitando esse tão ambicionado regresso à normalidade. “Estamos suspensos”, repara, reconhecendo que a conjuntura atual não é nada favorável a criar novos quadros. Ainda assim, Daniela Alegria tenta manter o otimismo e a esperança.

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