A Inês Maia tem 27 anos e é aveirense de nascença. Mãe de um menino de 4 anos, desde sempre apostou em empreendedorismo e no lançamento de projetos pessoais. Hoje em dia, além de blogger reconhecida na área da maternidade,é o rosto por trás da marcaDudubaz, onde emprega todo o amor de mãe em cada detalhe do seu trabalho.
A Ana Gomes tem 28 anos, nasceu em Matosinhos mas sempre viveu em Vila Nova de Gaia até ao ano em que entrou na Universidade de Aveiro, no curso de Psicologia. Apaixonou-se pela cidade e por um cagaréu. Hoje em dia, trabalha como psicóloga clínica e da saúde em instituições com crianças e adolescentes, dá consultas privadas em Aveiro e tem em mãos outros tantos projetos dedicados a crianças e adolescentes. Dedica-se ainda ao grande amor da sua vida que, com dois anos e meio, é capaz de lhe transbordar o coração de tanto amor.
Há já algum tempo que Inês Maia e Ana Gomes estão unidas por um projeto pioneiro e que tem vindo a afirmar-se, cada vez mais, a nível nacional. Chama-se “Pais a Bordo” e visa a prevenção do Burnout Parental.
“Mães, pais e cuidadores de crianças e adolescentes acreditam ser normal sentir cansaço extremo, sofrer alterações de humor e até de personalidade, bem como ficarem doentes. Isso não é normal, é esgotamento, é Burnout Parental”, advertem estas duas mães e, simultaneamente, dinamizadoras do “Pais a Bordo”.
“Pretendemos prevenir a síndrome de Burnout e o aparecimento de outros sintomas associados a perturbações do foro psicológico”, explicam. Para levar a missão por diante, realizam workshops em vários pontos do país, fazem acompanhamento psicológico (presencial e on-line) e prestam serviço de apoio ao domicílio, em Aveiro.
O projeto aposta ainda na edição de um boletim mensal gratuito, onde são lançadas informações sobre como melhor lidar com a maternidade. “Afinal, estamos todos juntos no mesmo barco. Todos a bordo!”, reforçam estas duas aveirenses.
Desmistificar o tabu do Burnout
A ideia de criar este projeto nasceu quando a Inês Maia, autora doBlog Eu, agora Mãe, passou por uma fase de esgotamento materno no final do primeiro ano do seu filho.Como blogger, e após percorrer a distância suficiente para falar abertamente sobre o tema, abriu o coração aos seus seguidores e contou tudo o que lhe tinha acontecido, o que sentiu, o que viveu. Nessa altura, foram tantos os pedidos de ajuda de outras mães, que percebeu que a sua partilha tinha que chegar mais longe. Era urgente fazer algo mais para poder abraçar e amparar todas essas mães.
Foi assim que surgiu o primeiro workshop e daí ao “Pais a Bordo” foi um saltinho. A Ana juntou-se à Inês, logo naquele primeiro evento, trazendo uma componente mais clínica e de acompanhamento.
“Nesse workshop foram muitas as partilhas entre mães e muitos os desabafos. Foi então que ambas entendemos a importância do nosso trabalho em desmistificar o tabu sobre a síndrome de Burnout parental (mais conhecido como esgotamento materno)”, recordam. Nascia, assim, o “Pais a Bordo”.
Desde julhode 2018 até aqui, o projeto não tem parado de crescer. “Por ser um tema tabu e tão importante, o ‘Pais a Bordo’ tem vindo a ser reconhecido pelas redes sociais e comunicação social”, notam as mentoras do projeto que já mereceu destaque em vários programas televisivos e revistas nacionais.
Ana e Inês estão, neste momento, a apostar no lançamento de um novo serviço, que designam de “a fada dos pais”. Em causa está “um apoio domiciliário que promete revolucionar o mundo da maternidade e devolver às mães e pais, mais algum tempo para poderem usufruir dos primeiros meses/anos dos seus bebés”, vincam.
Estas duas aveirenses garantem que o “Pais a Bordo” não irá ficar por aqui. “Temos grandes planosque, a seu tempo, serão divulgados. Entretanto, estão a ser preparados com muito cuidado e carinho para as famílias portuguesas”, prometem.
Ana Gomes (primeira da foto) e Inês Maia