Aysenur, 29 anos, Turquia; Paul, 27 anos, França; Mireia, 28 anos, Espanha; e Ingthor, 24 anos, Islândia. São quatro jovens que estão a participar em dois projetos de voluntariado “Cucujães in the World II” e “Acting Local Changing Global” financiados pelo programa da Comissão Europeia Corpo Europeu de Solidariedade. Para cada um deles, as atividades de voluntariado na Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Cucujães duram 11 meses. O Paul, a Mireia, e a Aysenur, começaram em Janeiro 2021 e irão terminar em Dezembro deste ano. O Ingthor começou em Março deste ano e irá terminar em Fevereiro 2022.
Mas eles não estão sós. Desde 2016, a instituição já acolheu sete voluntários ao abrigo de projetos semelhantes apoiados pela Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Ação. Itália, Equador, Polónia… já deixaram um bocadinho de si nesta vila de Oliveira de Azeméis que agora é do mundo.
“Esta oportunidade de participar num projeto de voluntariado financiado pelo Corpo Europeu de Solidariedade permite que jovens com tempo e energia conheçam outros mundos para lá das suas zonas de conforto. Partilhar a casa e as refeições com jovens de outros países, descobrir coisas que nunca experienciaram antes…”, destaca Aysenur.
Para a instituição, o contributo que estes jovens dão é ímpar. Por isso, o plano é alargar os projetos e não só acolher mais voluntários, como também, enviar para outras comunidades lá fora jovens voluntários portugueses. “As pessoas que apoiamos ficam impressionadas e não entendem o que motiva jovens de outros países a mudarem-se durante um ano para a nossa Vila, para uma comunidade que não conheciam. Aqui, eles lidam de perto com pessoas em situação de vulnerabilidade e aprendem novas competências no processo: aprendem a serem mais autónomos, mais proativos, a ter autoconfiança, a gerir o tempo e o dinheiro, a serem líderes, e a lidar com a diversidade de uma forma positiva em espírito de colaboração e solidariedade”, realça Susana Costa, gestora do projeto.
“Trabalhar na Cruz Vermelha dá-me uma perspetiva privilegiada para perceber os problemas que as pessoas aqui enfrentam e eu acredito que isso seja bom para mim sobretudo quando depois as consigo ajudar. Esta experiência abriu a minha mente e agora sou mais capaz de entender problemas sociais que são mais longínquos da realidade do meu país, a Islândia”, testemunha Ingthor.