O MARIA - Movimento dos Amigos da Ria de Aveiro vai debater a questão do assoreamento da laguna aveirense e para isso chamou um especialista: João Miguel Dias, investigador da Universidade de Aveiro, que tem vindo a defender que o que está a acontecer na ria é um “assoreamento aparente”.
A conferência “Ria de Aveiro: Assoreamento Aparente ou Real? irá decorrer no dia 15 de junho, pelas 17h00, no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré (entrada livre).
O tema do desassoreamento da Ria de Aveiro é um assunto que mobiliza a maioria dos amantes da laguna aveirense, “especialmente, aqueles que praticam desportos e atividades náuticas, e ainda dos clubes e associações, que se sentem penalizados pela ausência de dragagens nos últimos anos”, realça o movimento, em comunicado.
João Miguel Dias é doutorado em Física e professor associado com agregação no Departamento de Física da Universidade de Aveiro, do qual é o atual diretor.Fundou e lidera o Núcleo de Modelação Estuarina e Costeira, sendo investigador do Centro de Estudos do Ambiente do Mar (CESAM), onde é co-coordenador da linha temática Sistemas Ambientais Integrados.
Com cerca de 30 anos de experiência profissional, é especialista na modelação numérica de processos físicos em zonas estuarinas e costeiras, destacando-se o seu contributo significativo para o estudo da hidrodinâmica da Ria de Aveiro.
Participou e coordenou vários projetos de investigação nacionais e internacionais e tem uma vasta experiência em trabalhos de consultoria para organizações públicas e privadas.
É editor e revisor de um número elevado de revistas internacionais e tem integrado painéis de avaliação de projetos e bolsas na área das ciências do mar para várias agências nacionais e internacionais.
É ainda autor de mais de 140 trabalhos em revistas internacionais nas áreas de Ciências Ambientais e Oceanografia e supervisor de um número significativo de investigadores de pós-doutoramento e de estudantes de Doutoramento e Mestrado na Universidade de Aveiro.
Esta primeira de duas conferências que o MARIA se propõe organizar até ao verão é o resultado de uma decisão do Núcleo de Fundadores do Movimento, que pretende usar esta oportunidade para gerar um momento de reflexão e análise sobre um dos principais problemas que afetam zonas muito significativas da laguna.