Tem vindo a ser considerada um dos mais surpreendentes talentos da música portuguesa atual e não é por acaso. Mimi Froes é uma dessas artistas que nos conquista por inteiro, com a sua voz e a mensagem que canta. Letras escritas por ela própria, fã incondicional da língua portuguesa. Esta quinta-feira passa por Aveiro, para apresentar “E a Cantar”, o seu mais recente trabalho, no palco do Teatro Aveirense (22h00).
Em entrevista à Aveiro Mag, Mimi Froes revela que, além de “E a Cantar”, o concerto desta quinta ficará ainda marcado pela interpretação dos temas que compõem “Vamos Conversar”, o seu anterior EP, lançado em 2020 – e que conta com temas como “Vou” e “Não Faz Mal Não Estar Bem”, que integra a banda sonora da novela “A Serra”, da SIC. “Como não pude, por causa da pandemia, apresentar o primeiro trabalho ao vivo, juntamos os dois EPs num só espetáculo”, explica a cantora e compositora.
“Petiza” foi o tema que deu a conhecer este seu novo trabalho, composto por sete temas inéditos, que teve no vídeo de “Declarações de Meia Noite” o segundo momento. Ambas as músicas contam com vídeo realizado por Daryan Dornelles, reputado fotógrafo e videógrafo brasileiro que conta no currículo com colaborações com artistas como Maria Bethânia, Emicida, Ney Matogrosso, Mallu Magalhaes, Chico Buarque, Erasmus Carlos, entre outros. “O primeiro trabalho serviu para as pessoas me conheceram; neste segundo EP, sinto que tem havido um aprofundamento da relação com o público”, avalia, satisfeita com a reação que este seu novo trabalho tem merecido.
Aos 23 anos, Mimi Froes vai conciliando a sua carreira com os estudos – está a tirar a licenciatura em Jazz e Música Moderna , na Universidade Lusíada -, e não lhe tem faltado tempo nem inspiração para escrever. “Vivo para a composição”, testemunha. “Tive aulas com a Luísa Sobral de escrita de canções e daí nasceu uma vontade enorme de escrever sobre as coisas do dia-a-dia, as coisas que me atormentavam”, prossegue.
Mimi Froes gosta tanto de escrever que, se tivesse de escolher entre cantar ou compor, optava pela última. Em português, sempre. “Temos uma língua fantástica”, repara a jovem cantora que sempre gostou das aulas de Português e das leituras das obras de “Camões, Fernando Pessoa”. De tal forma que, até costuma dizer que “não fosse cantora, seria professora de Português”.
Esta quinta-feira vamos poder ficar a conhecer, ao vivo, o resultado dessa sua grande entrega à música e à língua portuguesa. Os ingressos têm um custo de 5 euros e podem ser adquiridos na bilheteira do Teatro Aveirense ou em ticketline.sapo.pt.