É a música “erudita” só para os eruditos? A Universidade de Aveiro (UA) vai servir de palco a um concerto comentado que vai mostrar que não. Programado pelo pianista e docente Fausto Neves, o concerto “Vamos à ‘Clássica’?” subintitula-se, sugestivamente, “Tudo o que você sempre quis saber sobre o concerto ‘erudito’ e não teve coragem de perguntar...”. O encontro está agendado para 10 de maio, às 18h00, no auditório Renato Araújo, no edifício da Reitoria da UA.
Do programa, constam obras representativas de correntes, estilos e épocas diferentes, precisamente para, num evento que também se pretende didático conquistando novos públicos, mostrar quão diversa pode ser a música habitualmente designada ‘erudita’ e como a ‘erudita’ não se destina apenas a um público ‘erudito’.
“As obras a apresentar são da autoria de compositores dos séculos XIX, XX e têm diversificados intérpretes instrumentais, o que garantirá uma heterogeneidade de timbres, de estilos e de enquadramentos históricos”, explica o professor. “Os comentários tentarão aproximar o público do ‘concerto clássico’, desmistificando o carácter iniciático que, injustamente, se colou a este tipo de espetáculo artístico. Versarão as características do ‘concerto’ em geral e enquadrarão cada uma das obras a apresentar”, acrescenta Fausto Neves.
Obras de compositores portugueses, do consagrado Jorge Peixinho a Telmo Marques e Inês Badalo, e estrangeiros, como Fauré. Vultos do virtuosismo instrumental como Chopin, no piano, ou Popper, no violoncelo. Será diversa a proposta de audição e os comentários de Fausto Neves ajudam contextualizar e a compreender as obras.