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Também no que toca aos vinhos, gostos não se discutem

Vinhos Ler mais tarde

Se alguém lhe disser, sem conhecer os seus gostos, que tem de beber um tinto, de determinada região e com x anos, arrisca-se a ter a mesma sensação que tem alguém que vai a uma sapataria com a ideia de comprar umas sapatilhas e, por sugestão do vendedor, sai de lá com uns saltos altos. “Escolher um vinho sem saber do que a pessoa gosta é complicado”, começa por reparar Sara Rodrigues e Matos, formadora e empresária na área dos vinhos, antes de notar que “não há mal nenhum em gostarmos de vinhos diferentes”. O importante é percebermos do que gostamos, sustenta, defendendo que é essa a primeira etapa para aprender sobre vinho. Por isso mesmo, a fundadora da escola The Wine House esteve, a convite do evento “O Mundo do Vinho”, que decorreu de 4 a 15 de Outubro em Coimbra, a responder à pergunta “Porque é que gostamos dos vinhos que gostamos?”.

Nesta oficina, a enóloga que trabalhou com o produtor bairradino Luís Pato e com a Lavradores de Feitoria, começou por explicar que há razões fisiológicas e psicológicas que nos levam a gostar só de vinho branco, ou a gostar de vinhos de uma ou outra região, ou de vinhos com um determinado perfil aromático. Somos influenciados, em termos fisiológicos, pela quantidade de saliva que produzimos e pela quantidade de papilas gustativas que possuímos, sendo certo que os nossos gostos também dependem de factores psicológicos, de que são exemplo o nosso contexto cultural e as nossas experiências.

Fica, assim, claro que, também no que toca aos vinhos, gostos não se discutem. Para o comprovar, nada como fazer o teste da sensibilidade: cada participante é desafiado a colocar uma tira de papel na boca e a descrever a sensação. “Nesta tira há PTC (feniltiocarbamida), que é um composto amargo”, revela a formadora, já depois de se terem ouvido depoimentos muito diferentes - houve quem tivesse sentido um “sabor amargo”, outros “picante”, “frutado” ou até mesmo nada. “O mesmo papel e todos estão a sentir de maneira diferente”, vincou Sara Rodrigues e Matos, antes de introduzir a assistência a outros três exercícios fundamentais para quem procura aprender algo mais sobre vinho: ver, cheirar e provar.

Abrir a porta à aprendizagem

Depois de serem desafiados a identificar, sem conseguir ver a cor, se estavam a provar um tinto, branco ou rosé - percebeu-se, no final, que era um tinto clarete, o que ajuda a explicar a falta de consenso na sala -, os participantes foram introduzidos a essa aventura de identificar aromas.

Para terminar, um exercício que recorre, simultaneamente, ao olfacto, visão e paladar, convidando os “alunos” a tentar identificar a idade do vinho (branco) que lhes era dado a provar. “Não é o facto de conseguirmos adivinhar ou não que vai dizer de que vinhos gostamos. O importante é aprender a provar, a identificar o que mais nos agrada”, reparou a também co-fundadora da marca de vinhos Defio, antes de anunciar que se tratava de vinho de talha alentejano - com a típica cor amarelada e dourada, que levou alguns participantes a achar que se tratava de um vinho mais velho.

Sumário desta primeira lição sobre vinhos? Provar e aceitar os nossos gostos. “Não é por alguém dizer este vinho é bom que toda a gente tem de gostar”, esclareceu Sara Rodrigues e Matos, perante uma sala cheia de “curiosos”, uns mais iniciantes que outros. Acima de tudo, fica aberta a porta - e a vontade - para prosseguir a aprendizagem, já com a certeza de que “qualquer pessoa pode aprender mais, desde que tenha mais que 18 anos”. “Ao contrário da imagem que muitas vezes se faz passar, não é algo elitista e só para entendidos”, rematou.

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