O Navio-Museu Santo André comemora, esta sexta-feira, dia 23, o seu 18.º aniversário, proporcionando visitas gratuitas, entre as 10h00 e as 18h00, a quem o quiser (re)visitar. No âmbito da celebração contempladas, ainda, visitas guiadas, às 11h00 e às 15h30.
“No ano em que assinala a sua “maioridade”, os 71 anos da sua construção e os 70 anos da sua primeira viagem, o Navio-Museu registou, no primeiro semestre de 2019, o total de 17.053 visitantes”, destaca a autarquia ilhavense em comunicado. Este número representa um crescimento significativo em relação ao ano passado - mais 2.443 que em igual período de 2018 - , “sendo o melhor registo (nos primeiros seis meses do ano) desde a data da sua abertura”, realça, ainda, a edilidade.
O Navio-Museu Santo André, ancorado no Jardim Oudinot, na cidade da Gafanha da Nazaré, após ter feito parte da frota portuguesa do bacalhau, é hoje um polo do Museu Marítimo de Ílhavo, pretendendo ilustrar as artes do arrasto.
Reabilitação ditou uma nova vida
Este arrastão lateral (ou “clássico”) nasceu em 1948, na Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Era um navio moderno, com 71,40 metros de comprimento e porão para vinte mil quintais de peixe (1.200 toneladas).
Nos anos oitenta surgiram restrições à pesca em águas exteriores que resultaram na redução da frota nacional e no abate de boa parte dela. O Santo André não escapou à tendência e a 21 de agosto de 1997 foi desmantelado.
Mais tarde, o armador do navio, António do Lago Cerqueira, Lda. (Pescas Tavares Mascarenhas, S.A.) e a câmara municipal de Ílhavo decidiram transformar e reabilitar o velho Santo André como navio-museu.
Concluída a recuperação, a partir de 2001 o Navio-Museu Santo André iniciou um novo ciclo da sua vida: mostrar aos presentes e vindouros como foram as pescarias do arrasto do bacalhau e honrar a memória de todos os seus tripulantes durante meio século de atividade.