O auditório da Oficina de Artes (antiga Escola Primária Pardelhas-Monte), na Murtosa, recebe, no próximo sábado, dia 11 de março, pelas 17h00, a apresentação do livro “De Degrau em Degrau”, uma antologia poética de Francisco José Rito, que reúne uma década de poemas, escritos de 2012 a 2022, e ainda setenta inéditos.
A apresentação será pontuada com momentos de poesia, dita e cantada, pelas vozes de Manuel Ramos Costa, Custódia Carrelha e Elisabete Soares, esta última acompanhada por João e Alex Garrido. A entrada é livre.
Francisco José Rito é o pseudónimo literário de Francisco José da Silva Vieira, nascido em abril de 1969, na Murtosa. Com dezanove anos faz a mala e faz-se à vida, numa epopeia que haveria de arrastar-se por mais de duas décadas. Alma dividida entre o sonho e a saudade, escreve e guarda desabafos e promessas que só à sebenta confessa.
Na diáspora faz de tudo um pouco, chegando a assinar crónicas em alguns jornais e revistas das comunidades portuguesas dos Estados Unidos e Canadá.
Em 2010 regressa à terra que o viu nascer e esconde a mala, prometendo-se não mais partir. Dois anos depois, publica “Um Mar de Sentidos”, um livro de poesia e prosa poética, fruto dos desabafos por anos guardados na sebenta. É o seu primeiro livro. Um filho que idealiza único, mas que afinal será o motor de arranque para mais treze títulos já publicados.
Autodidata, escreve em prosa e em verso, com inserções pelos mais variados géneros literários, da poesia ao conto, passando pela literatura infantil, textos para teatro e romance.
Está publicado em dezenas de antologias e recebeu três prémios de poesia (um da Editora Pastelaria Studios – Lisboa, 2016 e dois da Câmara Municipal da Murtosa – 2020 e 2021).
Da sua já extensa obra destaca cinco títulos. Um deles é "Entre o Olhar e a Alma", publicado em 2014, com textos seus e fotografias a preto e branco de Carlos Figueiredo.
Em 2016 publica "Soneca - o Furão Brincalhão", uma fábula infantojuvenil, alvo de três edições diferentes, uma delas ilustrada pelos meninos e meninas da CAA – Valência de Autismo do Agrupamento de Escolas da Murtosa e patrocinada pelo município da Murtosa e duas edições de autor – em português e em inglês – ilustradas pelo Dinis Sousa Rodrigues, um pequeno (grande) artista, à data com apenas 11 anos de idade.
Em 2018 publica "Os Meninos da Lagoa", um Conto de Natal marinhão, título que dará o nome a um grupo de teatro amador criado por si. Consequentemente, encenam dois textos de sua autoria (“Os Meninos da Lagoa” e “Arraial – o fado de cada um”) e iniciam um terceiro (Lá Vai a Rosa), projeto interrompido pela pandemia.
Em 2021 escreve – em parceria com dois amigos – “Diabruras, Momices e outras Trapalhices” um livro de poesia e prosa poética para miúdos e graúdos, novamente ilustrado pelos meninos e meninas da CAA – Valência de Autismo do Agrupamento de Escolas da Murtosa.
Em abril de 2022 publica “Poderia ter sido assim”, vencedor do prémio Melhor Romance, atribuído pela editora Cordel D´Prata. Tem poemas musicados e cantados por vários interpretes.