O Grupo de Teatro Ribalta volta a organizar o festival de teatro amador que promete trazer a Ílhavo grupos de vários pontos do país. O evento, que recebe o nome de João d’Almeida, em homenagem ao histórico encenador do grupo. A terceira edição está marcada para o próximo mês de outubro - os serões de sábado estão confirmados no Teatro da Vista Alegre – Laboratório das Artes, às 21h30.
A 7 de outubro, o festival arranca com o Grupo de Teatro do Orfeão de Águeda, com a peça “Amálgama”.
No dia sábado seguinte, dia 14 é a vez do Teatro Fantástico, de Vagos com a peça “Um Fantasma chamado Isabel, de Henrique Santana.
Uma semana depois dia 21, da Valongo, o Grupo Dramático e Recreativo de Retorta com a peça, “Até que a boda nos separe”.
No dia 28, o Grupo de Teatro Ribalta sobe ao palco com a peça, “Defuntos & Cia”.
No dia 4 de novembro, o Festival termina com o Teatro Naco de Oliveirinha de Viseu, com a peça, “O Inspetor”.
A evocação de “um grande amigo”
Da poesia à pintura, passando obrigatoriamente pelo teatro, onde se estreou com apenas 9 anos, João Esteves de Almeida foi encenador, ator, poeta, pintor e, assegura Duarte José, “um grande amigo”. “ escreveu, dirigiu, encenou…. Estava sempre pronto a transmitir toda a sua sabedoria. Na arte do faz-de-conta, a paixão dele foi transbordante”, lembra o antigo presidente do Grupo de Teatro Ribalta, que ainda recorda algumas das frases que João d’Almeida mais utilizava quando estava a encenar e que parecem ainda ecoar nas tábuas daquele palco.
Foi por iniciativa do “mestre”, como ainda hoje é referido por muitos dos que com ele privaram, que o grupo não só deixou cair a antiga denominação – Grupo Cénico da Fábrica da Vista Alegre –, passando a adotar o nome Grupo de Teatro Ribalta, mas também conseguiu tornar-se autónomo, aprovando estatutos próprios. João d’Almeida viria a falecer em 2015, mas a sua marca continua bem viva no Ribalta, no lugar e nas gentes da Vista Alegre.
Além da homenagem ao mestre, outro dos grandes objetivos desta iniciativa é “o intercâmbio cultural e artístico entre grupos de teatro amador” de diferentes localidades, assume Diogo Lau. O grupo acredita que este intercâmbio vai motivar “o crescimento do grupo” ilhavense e que “a vinda destas companhias amadoras ao nosso teatro vai permitir ao público desfrutar de novas peças e estabelecer um grau de comparação com o teatro que, por cá, tem vindo a ser feito”, diz João Anjos que entende esta premissa como “uma grande responsabilidade” para o Ribalta.