Este sábado, dia 6 de janeiro, a Arte no Tempo e o município de Aveiro promovem a primeira sessão “Que música ouvimos?” de 2024. Ainda que, com poucas exceções, se opte por convidados fora do meio musical, desta vez será um compositor que virá ao Museu de Aveiro/Santa Joana para falar das suas preferências musicais.
Nascido em Calvão, em 1971, Ricardo Ribeiro iniciou a sua formação musical no Conservatório de Música de Aveiro de Calouste Gulbenkian, que prosseguiu na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com Cristopher Bochmann e António Pinho Vargas. Seguiu-se o mestrado em composição, que concluiu em Itália com Franco Donatoni, antes de partir para Paris, onde viveu entre 1998 e 2002 e desenvolveu trabalhos de investigação e composição, orientado por Emmanuel Nunes, figura determinante no seu percurso criativo.
Paralelamente, frequentou diversos cursos e seminários de composição e, em 2003, defendeu a tese de mestrado em Esthétique e Pratique des Arts, na Universidade de Nice Sophia-Antipolis, intitulada Invention et développement mélodique dans l’oeuvre Einspielung I (1979) d’Emmanuel Nunes, sob orientação de Antoine Bonnet, com quem preparou também a tese de doutoramento - Dimensions complémentaires constitutives du temps, na Universidade de Rennes 2.
De 2011 ao presente, as técnicas estendidas passaram a ocupar um lugar de destaque como meio de construção do discurso musical do compositor, direcionando deste modo a sua criação para a exploração de sons complexos nas suas características fisico-acústicas. Não é, no entanto, para nos falar da sua música que Ricardo Ribeiro estará no Museu de Aveiro/Santa Joana, mas sim para dar nos falar dos ‘clássicos’ que o fascinam.
Como habitualmente, a sessão (de entrada livre e aberta a toda a comunidade) começa às 15h30, com uma visita orientada por José António Christo a uma peça do Museu, seguindo-se o diálogo entre o convidado e a anfitriã, desta vez, Ana Cancela e, por fim, a conversa continuará à volta do chá.