Os Festivais de Outono 2019 aproximam-se do fim, não sem antes passarem pela música para saxofone e pelo jazz contemporâneo. Para o último concerto, como vem sendo hábito, está reservada a música para orquestra, com as orquestras de Cordas e de Sopros do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da Universidade de Aveiro (UA), em colaboração com a Filarmonia das Beiras.
Antes disso, o Liberum Quartet, quarteto de saxofone constituído por músicos alunos da UA, atua em Ílhavo - concerto agendado para esta quarta-feira, a partir das 21h30, no Museu Marítimo de Ílhavo. É um grupo formado por quatro jovens saxofonistas portugueses que surgiu devido à grande paixão que os membros nutriam, tanto pelo saxofone, como pela música de câmara.
O Nuno Guedes Campos Trio tem agendada para 28 de novembro a segunda passagem pelos Festivais deste ano, no Avenida Café Concerto, a partir das 21h30. O trio, liderado pelo compositor e guitarrista Nuno Guedes Campos, apresenta músicas do seu mais recente disco L’octo-Motive (2018) e dos álbuns Sensations - Illusions (2015) e Clair-Obscur (2013) . Os trabalhos foram editados pela Sintoma Records.
A Orquestra Filarmonia das Beiras em colaboração com as orquestras de Cordas e de Sopros do DeCA, dirigidas pelo maestro Luís Carvalho, encerram a edição de 2019 dos Festivais de Outono a 29 de novembro, no Teatro Aveirense, a partir das 21h30. Neste concerto será apresentada, do compositor português Francisco de Lacerda, a obra Pantomime, que tem na sua génese a ideia de um ballet imaginário. Este ano assinala-se o 150.º aniversário do compositor que viveu entre 1869 e 1934.
Será também interpretado o Concerto para Clarinete e Orquestra do compositor americano John Corigliano, escrito em 1977, e que terá aqui a sua estreia em Portugal, contando ainda com a colaboração do clarinetista Victor Pereira, solista do REMIX Ensemble Casa da Música. Por fim, as orquestras sobem ao palco para interpretar a grandiosa Sinfonia n.º7 de Anton Bruckner, uma das mais executadas e, provavelmente, mais admiradas deste compositor, em particular pelo seu belo e profundo Adagio – uma sentida homenagem fúnebre a Richard Wagner, que morreu quando Bruckner trabalhava precisamente neste andamento.
* Foto de capa: Nuno Guedes Campos Trio (Créditos de Catarina Inácio)