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Da técnica à magia, um espetáculo de dança, música e alma

Palcos

 

Na próxima sexta-feira, dia 15 de novembro, às 21h30, o Teatro Aveirense acolhe a estreia de “O meu corpo não é só uma instância”, uma criação da bailarina e coreógrafa Yola Pinto e do músico e compositor Simão Costa para Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura. O espetáculo tem segunda sessão marcada para o dia seguinte, 16 de novembro, à mesma hora. 

De acordo com Yola Pinto, o ponto de partida para a criação deste espetáculo foi “um livro a que nos afeiçoámos e que parecia vir mesmo a propósito dos tempos em que vivemos”. A criadora refere-se a “Técnica e Magia: a Reconstrução da Realidade”, de Federico Campagna, uma obra de 2018, na qual o filósofo italiano sediado em Londres (Inglaterra) reflete sobre a cultura da Técnica e como esta tem conseguido dominar todas as existências através da linguagem, colocando em cima da mesa uma nova hipótese: a reconstrução da realidade através de uma dimensão de maravilhamento, novidade e entusiasmo, onde também habitam o medo e o terro: a Magia. Tal como na proposta de Campagna, também neste espetáculo, “a linguagem verbal, premissa basilar que permite catalogar uma visão unívoca e mensurável do mundo, dá espaço a outras formas de perceção e experiência do real circundante”. “Achámos que era um excelente mote, em conjunto com algumas ideias onde António Damásio – neurocientista português de renome internacional que tem vindo a estudar a consciência humana e o papel das nossas emoções na perceção do mundo –, reflete sobre a realidade do corpo e a forma como este é muito mais do que a matéria física que conseguimos observar”, completa Yola Pinto, chamando a atenção para a forma como o espetáculo aborda a diferença entre os corpos presentes e as suas imagens projetadas em tempo real e diferido.

Importa recordar que “O meu corpo não é só uma instância” está inserido no último trimestre da Capital Portuguesa da Cultura, um período em que Aveiro celebra e explora a relação da Cultura com a Tecnologia. “Das duas uma: ou achamos que as tecnologias – seja uma lança com ponta de pedra ou um computador quântico – são ferramentas ou permitimos que se tornem o paradigma da nossa realidade. São duas hipóteses muito distintas e que entram em conflito uma com a outra”, expõe o Simão Costa. “Ou usamos as ferramentas ou deixamos que as ferramentas nos usem”, reforça o criador. Neste espetáculo, “procuramos levar a palco uma reflexão sobre a importância da técnica e da tecnologia na maneira como construímos a realidade”. 

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Paralelamente às suas carreiras individuais como intérpretes e criadores, Yola Pinto e Simão Costa trabalham em parceria desde 2011. Ao longo dos anos, têm vindo a desenvolver a “relação entre a arte e a ciência”, bem como “o vínculo entre o movimento, no seu aspeto mais coreográfico, e o fenómeno sonoro em largo espetro”, seja a partir de um corpo que dança ou de dispositivos cenográficos criados especificamente para cada obra. O resultado? Espetáculos de música e dança que estão “no limiar entre o espaço performativo e o espaço expositivo”, explica a criadora. 

O desafio de conceber e apresentar um projeto no âmbito da Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura – surgiu no seguimento de uma “relação de colaboração com a Teatro Aveirense que já existia”, sendo que “a Capital [Portuguesa da Cultura], pela sua relevância, veio trazer um contexto específico” para a sua concretização. 

Pela primeira vez, a dupla criadora lançou o desafio a outros intérpretes para os acompanharem em palco. “A equipa tem uma dimensão substancialmente maior do que é costume”, avança Simão Costa. Além de Yola Pinto e Simão Costa (piano), em palco, vão estar a baterista Bruna Carvalho e intérprete de dança Miguel Santos. O video mapping e conteúdos videográficos são da responsabilidade do videasta convidado João Catarino e todo o dispositivo cénico está a cargo de Sara Franqueira. O desenho de som é feito pelo Artur Pispalhas e o desenho de luz por Cristóvão Cunha. Mais recentemente, Mariana Tiago foi integrada na equipa enquanto assistente técnica. “Todas estas pessoas têm não só competências técnicas, como competências expressivas de alto nível”, assegura Simão Costa. Além disso, neste espetáculo, “não elementos da equipa em funções exclusivamente técnicas. Todos participam do processo criativo a partir de premissas lançadas por nós”, assevera, enfatizando a ideia de que mesmo na constituição da equipa e no seu funcionamento, é desejo dos criadores que se verifique “essa profusão de Técnica e Magia, onde cada um usa das suas habilidades técnicas, mas também tem espaço para florescer do ponto de vista artístico”.

 

 

“O meu corpo não é só uma instância” é uma criação da dupla YPSC Transduction para a Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura –, produzida pela associação cultural MãoSimMão com o apoio do MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira –, da câmara municipal da Calheta, do Cineteatro Louletano e do Teatro Municipal de Bragança. 

Os bilhetes para as sessões do próximo fim de semana, no Teatro Aveirense, estão à venda na Ticketline

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