Numa altura em que a programação de Aveiro enquanto Capital Portuguesa da Cultura (CPC) está prestes a terminar, o presidente da Câmara Municipal afirma que o município “subiu um patamar em termos qualitativos”, assegurando que “a lógica é que esse crescimento continue em 2025”, e prometendo que será feito um maior investimento financeiro nas várias iniciativas culturais previstas. “O que vamos fazer é mais e melhor”, garantia, esta quarta-feira, Ribau Esteves, na apresentação da programação do Teatro Aveirense (TA) para o primeiro quadrimestre do novo ano que se aproxima.
Dando conta que dois dos eventos a realizar “têm referenciação” à Capital Portuguesa da Cultura, o autarca deu conta que os efeitos de Aveiro ter sido CPC “continuarão a ser trabalhados, nomeadamente, ao nível da comunicação”, que diz ter sido uma das grandes aprendizagens retiradas.
O presidente deixou, ainda, a garantia de investimentos na rede de equipamentos culturais do município, estando um conjunto de operações planeadas para 2025 referentes a trabalhos de qualificação em vários espaços, dos quais se destaca a intervenção a realizar no Museu de Aveiro.
Registando um acréscimo de público comparativamente a 2023, o TA integra, na sua programação dos primeiros quatro meses de 2025, duas estreias absolutas e outras duas nacionais, segundo deu conta o seu diretor. José Pina referiu que esta programação “levará a palco vários temas a ser refletidos pelo público”, destacando uma presença feminina “muito forte”. De acordo com o responsável, esta será uma programação “pluridisciplinar e multiabrangente, de forma a chegar aos vários públicos do TA, mas também de sensibilização para novos públicos, nomeadamente o juvenil. E, privilegiando a relação com os outros teatros da rede nacional, esta programação cruzará a criação artística local com a nacional, refere José Pina.
O diretor do Aveirense destaca um espetáculo de tributo a Marco Paulo, recentemente falecido, agendado para 14 de fevereiro. “Para Sempre Marco” celebrará a carreira do artista, revisitando os seus maiores clássicos. Uma ideia de Tiago Pais Dias, dos “Amor Electro”, a quem se juntaram Ricardo Vasconcelos (da mesma banda), Vasco Duarte (“Homens da Luta”), Jéssica Cipriano e Andreia Verdugo (ex “The Voice”).
José Pina realça como outro destaque a vinda a Aveiro de duas figuras de relevo do teatro europeu: os italianos Chiara Guidi e Armando Punzo. Guidi foca-se no teatro infantil (“Terra das Minhocas” subirá a palco a 8 de fevereiro), enquanto Punzo se tem notabilizado pela produção teatral com reclusos. O seu concerto espetáculo “O Filho da Tempestade” será apresentado a 22 de fevereiro.
Outros nomes a ter em conta nos próximos meses são os de Clara Andermatt (peça “Sensorianas”, a 5 de março), Paulo de Carvalho (“E Depois do Adeus?”, a 9 de fevereiro), Marta Pereira da Costa (disco “Sem Palavras”, a 27 de janeiro), Branko (álbum “Soma”, a 27 de fevereiro), José Pedro Gomes (peça “Amigos da Treta”, com Aldo Lima, a 11 de abril), “Mão Morta” (espetáculo “Viva la Muerte!”, a 7 de março) e Cláudia Raia (peça “Menopausa” em exibição de 13 a 16 de março).
O diretor do TA salienta, ainda, os espetáculos “Solstício de Inverno”, da companhia “Teatro da Cidade”, que subirá ao palco a 18 de janeiro; “Sul”, da companhia “A Turma”, a ser apresentado a 28 de março; e “Refugiado”, de Paulo Matos (a 30 de abril).
Como sempre, o Aveirense abrirá portas nos dias 1 e 2 de janeiro, com o Concerto de Ano Novo, a cargo da Orquestra Filarmonia das Beiras.