Um dia depois de ser conhecida a demissão de Bruno Costa na comissão concelhia do PSD de Aveiro, vem também a público a saída de Carla Almeida Luís. Numa nota em que começa por citar Sá Carneiro - “O que não posso, porque não tenho esse direito, é calar-me, seja sob que pretexto for” -, a social-democrata diz que a sua decisão se deve ao facto de considerar que aquela comissão concelhia deixou de se reger “pelos princípios da Social Democracia na prática de uma política séria, transparente, rigorosa, respeitosa, útil e focada no bem de Aveiro, dos Aveirenses e dos Portugueses”.
“Consecutivamente são ignoradas as decisões tomadas em reuniões, permitindo e dando azo à chacota a que fomos sujeitos nos últimos tempos com informações passadas para o exterior por aqueles que se dizem nossos companheiros”, especifica Carla Luís.
A militante do PSD, que diz também ter renunciado ao cargo de membro da Assembleia de Freguesia de Aradas, faz questão de notar que “a política deve ser um instrumento para fazer o bem e não para catapultar egos, humilhando quem está sem procurar privilégios”.
Uma posição que vai ao encontro daquela que já tinha sido assumida por Bruno Costa, que abandonou o cargo de secretário da comissão concelhia, e que surge depois de o novo presidente daquela estrutura partidária, Firmino Ferreira, ter entrado para a lista de deputados por Aveiro às Legislativas de Maio. Ângela Almeida, que já tinha sido dada como certa na lista, acabou por ficar de fora, tendo visto o seu nome envolvido numa polémica em torno da sua licenciatura – segundo a Rádio Universitária de Aveiro, a também presidente da Junta de Esgueira anuncia no seu currículo uma licenciatura que não concluiu.
Contactado pela Aveiro Mag, Firmino Ferreira diz ser aceitável que as pessoas discordem da forma como as coisas são feitas, mas reconhece que estas demissões sucessivas, ainda que tenham tido por base “razões diferentes e expostas individualmente” por cada um dos militantes, “não beneficiam em nada o PSD”.
Sobre a polémica respeitante à licenciatura de Ângela Almeida, o presidente da concelhia prefere não tecer qualquer comentário. Já no que toca à inclusão do seu nome na lista de candidatos por Aveiro, explica que “houve a necessidade de substituir a indicação que a concelhia deu para a lista e a distrital entendeu que eu poderia desempenhar esse papel”.
* Notícia atualizada às 11h18, já com a reação do presidente da concelhia, Firmino Ferreira