Os sócios do Beira-Mar reprovaram a criação da Sociedade Desportiva por Quotas proposta pela direção liderada por Nuno Quintaneiro Martins e que tinha Breno Dias da Silva, como principal investidor. Numa assembleia concorrida, os 144 associados presentes foram chamados a votar – por duas vezes de forma consecutiva, a pedido da mesa da Assembleia – e com 23 votos contra e 18 abstenções, a SDQ não passou por apenas cinco votos, uma vez que pelos estatutos, era obrigatório três quartos dos votos a favor.
Contactado pela Aveiro Mag, Nuno Quintaneiro Martins, assume que esta não é a altura “para comentários”, assumindo que a direção do clube irá “reunir nos próximos dias” para, com “sentido de responsabilidade” que “nunca abdica”, tomar uma posição “oficial” ponderada “sobre o assunto”.
Em causa estava uma proposta liderada pelo empresário brasileiro Breno Silva. Entre os que votaram contra esteve, segundo o site Notícias de Aveiro, Afonso Miranda, que liderou o clube até há um ano. O ex-dirigente defendeu, ainda segundo o mesmo site, que deviam ser pedidas garantias financeiras internacionais ao investidor para “dar cobertura” ao ponto respeitante à liquidação do passivo do clube, que rondará 1,5 milhões de euros. O acordo previa a liquidação ao clube do montante do seu passivo, até ao limite de 1,5 milhões de euros (entrega de 500.000 euros na criação da sociedade, 1 milhão de euros em plano a estabelecer que não poderia exceder 10 anos, em prestações anuais de 100 mil euros).
Contas 2023/2024 aprovadas
Antes da assembleia para apresentação e aprovação da SDQ – que não se concretizou - os sócios do Beira-Mar aprovaram ainda o relatório de contas relativo à época 2023/2024, ainda sob a liderança de Afonso Miranda, com o resultado negativo do exercício no valor de 205.344,66€ a ter 128 votos a favor, nove abstenções e três votos contra.