Uma das vozes mais críticas da Sociedade Desportiva por Quotas reprovada pelos sócios do Sport Clube Beira-Mar ontem à noite foi Afonso Miranda, antigo presidente do clube aurinegro. Dado como um dos principais responsáveis pelos adeptos que, em muitas publicações nas redes sociais, o atacam, Afonso Miranda, à Aveiro Mag, assume-se indignado, mas de consciência tranquila.
“Sempre fui um defensor de o Beira-Mar ter uma SAD quando fui presidente, e até estivemos em conversações durante algum tempo com a Gestifute, por isso alegarem que sou contra não é verdadeiro. O que defendo – e defenderei – é que os sócios têm de saber qual é a empresa que vai constituir a SAD e, também, que quem a fizer que apresente uma garantia bancária de que vai pagar o que está estabelecido no protocolo”, explica.
Assumindo que se estes “dois pressupostos” forem cumpridos e “apresentados aos sócios” numa futura assembleia, que estará “na linha da frente a aprovar a nova SDQ”, Afonso Miranda diz não perceber como é alvo de críticas tão exacerbadas: “sinto-me naturalmente indignado porque andamos sempre a pedir que haja massa crítica, que os sócios deem opinião, e depois quando eu o faço, publicamente, sou insultado”.
“Qual é o problema”, pergunta o responsável, se se “demorar mais duas semanas, ou um mês que seja, a aprovar uma sociedade desportiva?”. “Se eu pensasse só no meu umbigo, como muita gente diz, teria aprovado a sociedade, porque ao fazê-lo, iria receber todo o dinheiro que tenho no clube. Mas isso importa-me pouco. Pensei – e de consciência tranquila – no bem comum, no Sport Clube Beira-Mar- E assim farei sempre”.