No Município de Ovar é com a festa das palavras que arranca a programação cultural do último quadrimestre. A partir desta quarta-feira e até domingo, 17 a 21 de setembro, com dezenas de atividades, todas gratuitas, acontece o FLO-Festival Literário de Ovar que assinala uma década, uma bonita viagem em que o certame foi-se afirmando e criando um lugar só seu. Nesta edição comemorativa - mais alargada, participativa, e profundamente ligada ao território e ao seu tempo – o FLO é ainda mais especial.
“Dez anos depois, o FLO é hoje um conceito consolidado, com uma identidade muito própria e que, hoje, se traduz numa bonita festa que abraça o concelho de Ovar e que oferece dezenas de atividades gratuitas aos ovarenses e é um convite aliciante para todos os que nos queiram visitar”, resume Domingos Silva, Presidente da Câmara Municipal de Ovar que, garante, apesar do certame ser uma aposta ganha, “o caminho é continuar a crescer e a reinventar novas formas de promover a leitura e a partilha de momentos culturais diferenciadores e identitários”.
Dez anos depois. Quantos livros, quantas palavras, quantos autores? Quantas memórias? Quantas pessoas? Quantos momentos? Entre conversas, concertos, teatro, apresentações de livros, sessões de autógrafos, cinema e muito mais, a palavra continua a propagar-se. Do Parque Ambiental do Buçaquinho ao Parque Urbano, do Centro de Arte de Ovar à Escola de Artes e Ofícios ou ao Museu Júlio Dinis, Ovar recebe dezenas de escritores e artistas e volta a transformar-se numa grande biblioteca, com raízes profundas e a eterna ânsia de ser a sombra que abraça e as flores que dão cor.
A abertura oficial do Festival Literário de Ovar está marcada para 17 de setembro, às 21h30, no Centro de Arte de Ovar (CAO) e contará com Domingos Silva, presidente da Câmara Municipal de Ovar e Carlos Nuno Granja, programador de conteúdos do FLO. Segue-se uma das conversas mais aguardadas que, moderada por Bruno Henriques, junta Luís Portugal e Capicua e tem como ponto de partida uma das frases intemporais de Vergílio Ferreira: “Diz Não à liberdade que te oferecem, se ela é só a liberdade dos que ta querem oferecer”. No total serão 11 mesas e diferentes convidados que, juntamente com o público, serão sempre desafiados a pensar o mundo, sempre a partir de frases mais ou menos provocatórias de escritores que são referência.
Aqui a palavra ganha asas e é música, poesia, teatro e cinema. Todos os dias o FLO termina em festa, com espetáculos de excelência. No primeiro serão do FLO, a 17 de setembro, no CAO, destaque para o concerto “Na Primeira Pessoa”, com Carlos Aberto Moniz. Seguem-se nos dias seguintes, 18 e 19 de setembro, na Escola de Artes e Ofícios, os concertos “Canções para beber com Pessoa”, com Ana Deus & Luca Argel e “Anónimos de Abril”, num projeto de Rogério Charraz e José Fialho Gouveia e que conta com a participação especial de Joana Alegre. Já a 20 de setembro, a dupla Lúcia Moniz e Pedro Lamares trazem ao CAO a performance: “Para atravessar contigo o deserto do mundo”. Todos os espetáculos sucedem conversas, todas marcadas para as 21h30.